para quem deseja fazer uma boa retextulização
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Anais do 6º Encontro Celsul - Círculo de Estudos Lingüísticos do SulA RETEXTUALIZAÇÃO COMO TRABALHO DIDÁTICO
Rosane de Mello SANTO NICOLA ( PUCPR )
ABSTRACT: Based on Marcuschi’s models, this paper aims at investigation of the processes of retextualyzation involved in university students’ annotations referring to oral explanations and a lecture given by the author. The research had the intention to promote this little explored gender in teaching and by the academy. KEYWORDS: retextualyzation ; annotations; orality ; write; comprehension
0. Introdução O trabalho de refacção ou reescrita de texto como metodologia para o ensino de produção textual encontra-se hoje relativamente difundido nas práticas docentes de todos os níveis, desde o
Ensino Fundamental ao universitário.
Trata-se de uma prática em que se observam aspectos relativos às mudanças de um texto no seu interior, isto é, uma escrita para outra, reescrevendo o mesmo texto. Embora esse trabalho permita vislumbrar as marcas sociais dos gêneros, fica ainda bastante limitado quanto aos usos sociais. Entende-se que, para um ensino efetivo de gêneros textuais, é insuficiente o mero reconhecimento de suas características, comprovando-as num e noutro textos.
Por essa razão, nesta pesquisa, propõe-se o estudo da retextualização como escolha metodológica mais adequada para o ensino de gênero textual na escola. A retextualização é aqui concebida como um processo que envolve operações complexas, tanto no código como no sentido, e compreende a passagem de uma ordem textual adequada a uma situação interativa para outra ( MARCUSCHI, 2001).
Longe de ser artificial, trata-se de uma atividade de transformação textual comumente praticada pelos usuários da língua, que reformulam seus textos, seja de forma oral ou escrita, numa intrincada variação de registros , gêneros textuais, níveis lingüísticos e estilos, embora na maioria das vezes, não tenham noção da complexidade dessas ações lingüísticas.