Para que a história da educação
Entre tantos outros, há quatro apontamentos que esboçam respostas à pergunta em tela, tais como: Cultivar um saudável ceticismo, compreender a lógica das identidades múltiplas, tornar indivíduos pensadores e produtores de histórias e explicar que não há mudanças sem histórias, são estes exemplos suscetíveis de confirmação.
Segundo Antônio Nóvoa ao referir-se à educação, salienta que vivemos em um mundo de espetáculos e de moda. É uma novidade que tende a ser positiva, com inflações de métodos, técnicas, teorias, reformas, tecnologias. É preciso alertar-se para as mudanças, evitar a agitação e promover uma consciência crítica. No ceticismo os problemas vividos no presente são ancorados nos estudos do passado.
A principal função da História da Educação é compreender as identidades locais, étnicas, culturais ou religiosas por meio de memórias, tradições, filiações, crenças e solidariedades, visa ajudar às pessoas dando sentido ao trabalho educativo. O autor cita uma sábia frase de Manuel de Oliveira, “O presente não existe sem o passado”, só se compreende criticamente o ser através de “quem ele é e de que é”.
Nitidamente vê-se, que a educação necessita ter como base a educação do passado, pois tem grande importância e influência na educação de hoje. Os ensinamentos anteriores não são como os de hoje, o mundo não é mais o mesmo, nem mesmo as crianças são as mesmas, portanto as novas teorias e abordagens devem ser adaptadas e aplicadas baseando-se sempre na história passada.
Bibliografia
(António Nóvoa, Apresentação da coleção dos livros de Maria Stephanou e Maria Helena Camara Bastos (org.), Histórias e Memórias da educação no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2004-2005.)