PARA QUE FILOSOFIA
Em nossa vida cotidiana, afirmamos, negamos, desejamos, aceitamos ou recusamos coisas, pessoas, situações.
Fazemos perguntas:
Que horas são ? Que dia é hoje ?
Dizemos frases como:
Ele esta sonhando ou ela ficou maluca!
Fazemos afirmações:
Onde há fumaça há fogo ou quem entra na chuva é para se molhar.
Avaliamos as coisas:
Esta casa é bonita ou Maria esta mais bonita
Quando perguntamos, quando dizemos, quando afirmamos e avaliamos as coisas no nosso cotidiano nós seguimos regras e normas de conduta, valores morais, religiosos, políticos e artísticos. Porque acreditamos que somos seres sociais, morais e racionais. Regras, normas, valores, finalidades só podem ser estabelecidos por seres conscientes e dotados de raciocínio.
Assim, notamos que nossa vida cotidiana é toda feita de crenças silenciosas, da aceitação tácita de evidências que nunca questionamos, porque nos parecem naturais, óbvias. CREMOS.
A Atitude Filosófica
Imaginemos agora, se alguém tomasse uma decisão muito estranha e começasse a fazer perguntas inesperadas, diferentes.
Em vez de perguntar que horas são ? Perguntasse o que é o tempo?
Em vez dizer está sonhando ou ficou maluca, quisesse saber: o que é o sonho ? A loucura?, a razão ?
Se em vez de afirmar “esta casa é bonita”, começasse a perguntar o que é mais, o que é o belo ?
Se em lugar de falar da subjetividade dos namorados, perguntasse: o que é o amor, o que é o desejo, o que são os sentimentos.
Alguém que tomasse essa decisão, estaria tomando distância da vida cotidiana e de si mesmo, passando a indagar o que são as crenças e os sentimentos que alimentam nossa existência, silenciosamente.
Ao tomar esta distância, estaria interrogando a si mesmo, desejando conhecer porque cremos no cremos, porque sentimos o que sentimos e o que são nossas crenças e nossos sentimentos.
Este alguém estaria começando a adotar o que chamamos de Atitude Filosófica.
Assim, uma primeira