para entendermos melhor a historia medieval
Beatriz Sidou. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
PARA ENTERDERMOS MELHOR A HISTORIA MEDIEVAL
José Sergio Barroso
O livro em questão é de Perry Anderson. Um inglês que nasceu em 1938 em Londres. É considerado um dos três maiores historiadores da Inglaterra. A obra não se desenvolve baseada em fontes históricas, e divide-se em duas partes, a primeira parte abordando a antigüidade clássica e o chamado período de transição. Pretende retratar o modo de produção escravo e o mundo grego e romano, bem como as invasões bárbaras e suas conseqüências para o sistema até então existente na Idade Antiga.
A segunda parte procura dar conta da retratação do sistema feudal em oposição ao sistema vigente na Europa Oriental, fornecendo a chave para o entendimento do desenvolvimento desigual do feudalismo no Ocidente e no Oriente europeu diferenças culturais, sociais e econômicas entre o leste e o ocidente europeu, presentes já na historiografia do século XIX, remontam a origens muito antigas. O resgate destas origens passa necessariamente pelo estudo da antigüidade e do modo de produção. Todo esplendor do mundo greco-romano, suas cidades, o desenvolvimento da ciência, da manufatura e do comercio, ao contrário do que se poderia imaginar, estava basicamente sustentado por uma economia agrária. Sendo assim, as cidades nada mais eram que conglomerados de proprietários de terra e não de artífices, mercadores ou negociantes, o comercio por sua vez, estava confinado, também devido à dificuldade de transporte, a faixa litorânea do mar mediterrâneo, era, portanto, igualmente, restrito.. Dentro deste contexto, o modo de produção escravista foi uma invenção que possibilitou o afloramento da cultura greco-romana.
No mundo antigo, o escravo era considerado como instrumento vocal, ou seja, instrumento de trabalho