Para abrir as ciências sociais
As Ciências Sociais está na construção de um mundo moderno, o qual tenta-se desenvolver um saber sistemático, ou seja, um conhecimento empírico. O conhecimento divide-se em exatas, onde se trata do conhecimento das coisas naturais, como também de produtos manufaturados e etc., e, humanas, envolvendo a metafísica, a lógica, a política.
O século XIX é lembrado pelas suas estruturas institucionais permanentes, em que as instituições de ensino tem a pretensão de disponibilizar um lugar físico institucional. Contudo, há uma tensão entre a ciência e a arte.Do século XX em diante ocorreu o incentivo de novas explorações, o avanço da ciência e a independência da ciência com a relação à filosofia. Consequentemente ocorreu uma hierarquização da ciência, o embate epistemológico pelo conhecimento relativo ao mundo humano.
Conforme havia mudanças sociais, também ocorreu uma urgência em organizar um espaço próprio das Ciências Sociais, e, sofreu influência do modelo da física de Newton. Desta forma, estabeleceu associação narrativa das histórias nacionais combinada com as ciências sociais e naturais com o objetivo de rejeitar a dedução e a especulação, que são características da filosofia. Até mesmo as Ciências Sociais não foram vistas com bons olhos pela sua intenção de entabular lei universal para a sociedade.
A institucionalização das disciplinas ocorreu do século XVIII ao ano de 1945 como: história, antropologia, ciência política, sociologia e economia. Porém, analisa-se que o direito, a geografia e a psicologia não fazem parte da institucionalização das ciências sociais, pois são ciências nomotéticas que objetivam a investigação da lei da natureza e ocorre a subsunção; e ciência idiográfica ou cultural.
A história foi a primeira a disciplina a obter um caráter autônomo, até mesmo os historiadores rejeitaram o caráter de ciência social, em virtude da divergência interna dentro da ciência social.