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O número de mortes relacionadas ao trabalho diminuiu 11,4% de 2009 para 2008. Enquanto que em 2008 foram registrados 2.817 mortes em vários setores de atividades, o último ano contabilizou 2.496 óbitos. Os dados são do Ministério da Previdência Social que divulgou no início de novembro o seu Anuário Estatístico da Previdência Social 2009.
A queda constatada pelo MPAS no percentual de acidentes fatais para o último ano mostra uma importante evolução na relação trabalhador/empregador nas duas últimas décadas. Esta mudança vivenciada pelo mundo do trabalho em relação às condições de Saúde e Segurança pode ser verificada na espiral decrescente em que se encontram os óbitos relacionados ao trabalho. A média de mortes no trabalho, que na década de 90 era de 3.925, caiu para 2.805 na média final dos últimos 10 anos, o que representa uma queda de 28,53% no número de acidentes fatais. Sob a perspectiva de óbitos para um grupo de 100 mil trabalhadores, o índice de mortalidade diminuiu pela metade neste mesmo período. Isso porque a média de mortes por 100 mil trabalhadores, que nos anos 90 era de 17, chegou a 9 na última década.
No que se refere à redução de acidentes fatais no último ano, o diretor do Departamento de Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional, Remígio Todeschini, acredita que seja parte do resultado do trabalho integrado que vem sendo realizado pela CTSST (Comissão Tripartite de Saúde e Segurança no Trabalho) desde o início de 2008 para combater e reduzir a taxa de acidentalidade e de mortalidade nos locais de trabalho.
Criada com o objetivo de estabelecer uma Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho para minimizar o número de acidentes de trabalho, a CTSST focou suas ações em dois segmentos econômicos: transporte rodoviário de cargas e indústria da construção. De acordo com Todeschini, juntos estes dois setores concentram o maior