Papel e celulose
Processo de polpação Kraft e Branqueamento de Celulose com Ozônio
Curso: Engenharia QuímicaProfessor PA: Rodrigo
Érika Lisboa, João Paulo Rocha, Lorena Campos, Marcela Lélis, Renata Amorim, Felipe Freitas Resumo – Este artigo apresenta uma alternativa para a otimização do cozimento kraft. Através de modelos de regressão, as características da celulose foram relacionadas com as variáveis operacionais de forma a oferecer as melhores condições de cozimento. A otimização realizada através dos modelos de regressão, satisfeitas as restrições, indicou temperatura máxima de 167,7ºC e número kappa (medida de teor de lignina residual na polpa) de 19, para obter-se o maior rendimento depurado possível.
Palavras-chaves – celulose, polpação kraft, branqueamento, otimização.
Introdução
O papel é um dos materiais mais utilizados pela indústria, onde suas aplicações variam de acordo com as suas características químicas e físico-mecânicas. Tal produto é formado por fibras celulósicas que se entrelaçam umas com as outras, garantindo a sua resistência. A principal matéria-prima utilizada para a obtenção industrial dessas fibras é a madeira (Gambarato, 2010).
Os principais constituintes da madeira são: celulose, hemicelulose, lignina e extrativos (Carvalho, 1999).
A celulose é um polímero linear, constituído de unidades de glicose ligadas por ligações éter, que são formadas por meio da liberação de uma molécula de água a partir de hidroxilas do carbono 1 e 4 de duas unidades de glicose. A cadeia de celulose, chamada de celobiose, pode ser vista na figura 1 (Gambarato, 2010).
Figura1: Estrutura de uma cadeia de celulose (Ventorim, Colodette;2005)
A lignina, agente de ligação permanente entre as células das fibras, confere cor amarela ao papel (Vianna, 2009).
A remoção da lignina é o maior objetivo da polpação química, ou seja, a polpa fica mais limpa e mais branca conforme ocorre a deslignificação. O método mais