Papel do gerente
Em
Gestão Administrativa INTRODUÇÃO
A atuação do gerente se dá em um modelo organizacional que não comporta a idéia de racionalidade imutável nem de uma racionalidade homogênea dos atores. Assim, os novos modelos (ou paradigmas), delineados a partir da metade da década de 80, englobam uma mistura de ruptura com formas tradicionais, manutenção de outras e, em alguns casos, com práticas até regressivas dentro de um contexto histórico. Além disso, a análise das situações de trabalho aponta a existência simultânea de duas lógicas: a da organização e a da inovação (ALTER, 1993), opondo estratégias contraditórias mas alicerçadas em uma legitimidade comparável e, principalmente, complementares. A estratégia de inovação tende a reaproveitar os recursos disponíveis, utilizando-se das incertezas do processo de trabalho como oportunidades de intervenção para rever lógicas sedimentadas por processos variados, enfim, a desorganizar o estabelecido. A estratégia da organização tende a atender os objetivos fixados no contexto da empresa, planificando, estandardizando o(s) processo(s) de trabalho e reduzindo as incertezas. Apesar de suas dimensões mensuráveis, um modelo organizacional é, então, um construto social inacabado no qual os atores/profissionais de inovação se opõem aos atores/profissionais das regras e, em muitos casos, os mesmos atores/profissionais devendo jogar nestes dois campos. Assim, o que deve ser gerenciado não é somente um modelo mais adequado e eficaz, mas principalmente, os atores/pessoas. Neste processo destacam-se os gerentes colocados numa via dupla: atores do modelo e administradores de atores.
FUNÇÃO GERENCIAL
Há uma ausência de consenso tanto na literatura quanto entre os próprios gerentes