Papel do Farmacêutico na Diabetes
O diabetes é um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. Pode resultar de defeitos de secreção e/ou ação da insulina envolvendo processos patogênicos específicos, por exemplo, destruição das células beta do pâncreas (produtoras de insulina), resistência à ação da insulina, distúrbios da secreção da insulina, entre outros.
Existem três tipos principais dessa doença: diabetes mellitus tipo 1, diabetes mellitus tipo 2 e diabetes gestacional.
O diabetes é uma das principais causas de mortalidade, insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e doença cardiovascular.
Após 15 anos de doença, 2% dos indivíduos desenvolverão cegueira; 10%, deficiência visual grave; 30-45%, algum grau de retinopatia; 10-20%, de nefropatia; 20-35%, de neuropatia e 10-25%, de doença cardiovascular. Diabetes tipo 2 abrange 90% dos casos, e o do tipo 1, cerca de 8%.
Embora o diabetes possa ocorrer em qualquer idade, há aumento dramático de sua prevalência na população de pessoas idosas, sendo uma das doenças crônicas mais comuns na população de indivíduos.
Dessa faixa etária - 80% dos diabéticos têm idade superior a 45 anos (MARCONDES et al., 2005).
Diabetes Mellitus tipo 1
O termo tipo 1 indica destruição da célula beta que eventualmente leva ao estágio de deficiência absoluta de insulina, quando a administração de insulina é necessária para prevenir cetoacidose (que acontece quando há um excesso de cetoácidos no sangue. Isso ocorre quando não há insulina suficiente e, portanto, o corpo não consegue utilizar a glicose como fonte de energia. Então, o organismo precisa buscar outras vias para continuar mantendo o seu metabolismo, seu funcionamento normal. Para isso, a via que o organismo opta é a via de formação dos cetoácidos, que são formados a partir da desaminação dos aminoácidos. Esse