PAPEL DO AGENTE SOCIAL NO ACOLHIMENTO DO IDOSO HIPERTENSO
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônico-degenerativa, não transmissível, multifatorial e que muitas vezes é assintomática. Sua evolução é lenta e progressiva, podendo prejudicar o funcionamento de vários órgãos, entre eles: cérebro, rins, olhos e coração (GOLDMAN; AUIELLO, 2005; AMODEO; LIMA, 1996). A HAS é um dos maiores problemas de saúde de maior prevalência na atualidade (PESCADELLO et al., 2004). Estima-se que aproximadamente 22% da população brasileira acima de vinte anos tem hipertensão arterial.
De acordo com o Ministério da Saúde (2001), a hipertensão arterial é responsável por 80% dos casos de acidente cérebro vascular, 60% dos casos de infarto agudo do miocárdio e 40% das aposentadorias precoces, além de significar um custo de 475 milhões de reais gastos com 1,1 milhão de internações por ano.
A identificação de vários fatores de risco para hipertensão arterial, tais como: a hereditariedade, a idade, o gênero, o status sócio-econômico, a obesidade, o etilismo, o tabagismo (VARGAS et al, 2000; Oparil S, 2001; Bassett et al, 2001; Matthews et al, 2002) contribuem para o aumento de casos de doenças cardiovasculares e, conseqüentemente, aumentam a demanda na busca de medidas preventivas e terapêuticas (PETRELLA, 1999).
Um importante fator de risco que devemos considerar é a modificação dos hábitos alimentares e de vida, a qual indica uma exposição cada vez mais intensa a riscos cardiovasculares. A alteração na composição da dieta e nas quantidades de alimentos ingeridos atrelados a ausência ou baixa prática de atividade física provocou alterações significativas do peso e distribuição da gordura corporal, o que acarretou no aumento progressivo da prevalência de sobrepeso ou obesidade da população (COITINHO et al, 1991; MONTEIRO; CONDE, 1999).
O presente estudo teve como objetivo estimar, em indivíduos com 60 anos ou mais, a prevalência da hipertensão arterial sistêmica (HAS), alguns fatores de risco e a importância do