Papel desempenhado pela mulher na história Brasileira
A mulher na história do Brasil tem surgido recorrentemente sob a luz de estereótipos, nos dando a ilusão de imobilidade. Submissa sexual e materialmente, à imagem da mulher de elite opõem-se a promiscuidade da mulher de classe subalterna.
Esses estereótipos buscam negar o papel histórico da mulher na constituição da sociedade brasileira, esquecendo que sua participação na vida política do país é tão antiga quanto à chegada dos portugueses no Brasil.
Nos últimos 150 anos, o movimento feminista tem sido responsável por diversas conquistas na vida das mulheres. Porém, embora muito tenha sido realizado, elas ainda vivem numa sociedade injusta, onde os homens, maioria no comando da situação, ainda faz com que as políticas públicas não atendam aos verdadeiros anseios da população feminina.
A história de lutas e conquistas de tantas mulheres, muitas delas mártires de seu ideal, no decorrer de quase dois séculos, leva a humanidade a iniciar um novo milênio diante da constatação de que ela buscou e conquistou seu lugar. Mais que isso, assegurou seu direito à cidadania, legitimando seu papel enquanto agente transformador.
No Brasil, após 1850, surgiram as primeiras organizações de mulheres que lutavam pelo direito à instrução e ao voto. Depois de longo silêncio, a voz feminina manifestava-se na boca e na pena de Nísia Floresta (1809-1885), abolicionista, republicana e feminista nascida no Rio Grande do Norte. Ardorosa defensora da educação feminina denunciou a ignorância em que eram mantidas as meninas, protestou contra a condição de dependência em relação aos homens, criada pelo desprezo com que era vista a educação das mulheres.
No início deste século, o comércio e as fábricas passam a absorver cada vez mais a mão-de-obra feminina e essa incorporação na produção social criou as raízes dos movimentos da libertação feminina. A incorporação possibilitava uma independência econômica e, consequentemente, quebraria os