Papalagui
Este texto descreve-nos o comportamento do Papalagui feito pela personagem principal, o chefe da tribo Tuiavii de Tiavéa.
Papalagui significa, o branco, o estrangeiro que quer ser como Deus, quer controlar a água, o fogo e tudo o que o rodeia segundo o que nos é descrito por Tuiavii.
Papalagui não sabe o que é andar descalço e sentir a terra, vive sofocado em cidades cheias de pr´´edios, que não deixam ver a floresta ou o céu azul, onde o ar é poluído, o ruído é imenso e a movimentação é frenética; adora o dinheiro, vive obcecado por ter coisas, mas é pobre em coisas do grande espirito; nunca tem tempo, leva toda a vida a correr, e já não sabe o que é caminhar alegremente; é um ser meio perdido, que presa a vida fícticia do cinema e dos jornais (e hoje da televisão), que confunde a luz com a sua imagem, que pensa de forma pré-formatada; não pára de pensar, vive tão dominado pelos seus pensamentos que não vive, não sente; e ainda quer convertar os outros povos á sua imagem.
O objectivo deste livro é essencialmente compreender e interpretar os motivos culturais que levam à discrepancia entre a forma como nos vimos a nós mesmos dentro da nossa cultura e como o outro nos vê a nós.
Esta leitura baseia-se num confronto entre duas culturas que são representadas pelo Papalagui e pelo chefe da tribo.
Em todos os capitulos deste livro é notório o choque cultural que o chefe da tribo Tuiavii de Tiavéa sofreu ao entrar em contacto com Papalagui.
É realmente um livro que nos leva a pensar se a nossa forma de viver será a mais correcta. Não deveríamos nós partilhar a nossa casa com quem não tem? Ou partilhar comida? Será que todas estas "coisas" que possuimos farão realmente falta? Não deveríamos todos nós ter os mesmo direitos? São nestas perguntas que Tuiavii nos faz pensar.