pantanal
Por Dimas José Neto O Taylorismo ou Gerência Científica procurava estabelecer através da observação de tempos e movimentos de trabalho o método pelo qual o operário poderia tornar-se mais eficiente, executando cada tarefa de forma correta e em tempo determinado. Assim, eliminou-se do trabalhador o direito de escolher a maneira de executar o seu ofício, tornando-o alienado. Neste sentido, o filme “Tempos Moderno” que retrata o ambiente fabril do período da revolução industrial marcado pela produção com base na mecanização, linha de montagem e especialização do trabalho, faz uma sátira a este modelo de gerência capitalista. Procurou-se a seguir fazer um paralelo entre o clássico de Charles Chaplin e o texto “Principais efeitos da Gerência Científica” de Harry Braverman, destacando criticamente as cenas que melhor expressam o conteúdo do texto. Logo de início, observa-se que o filme faz a primeira crítica a Gerência científica, pois compara os operários com um rebanho de ovelhas. A diferença é que as ovelhas eram controladas pelo pastor e os operários eram controlados pela elite com o cajado do capitalismo. Esta cena vai além, e mostra o proletariado como animais, que obedecem a seus donos sem questionar. Segundo Braverman, o processo de trabalho não é mais uno e sim dividido entre duas esferas distintas, representadas por distintos grupos de trabalhadores. De um lado tem-se a alta cúpula da empresa, onde o capitalista controla o processo e dita às regras, representada claramente no filme pela imponente figura do presidente da “Corporação Electro Steel”. Já do outro lado, tem-se o chão de fábrica, caracterizado por operários adestrados em codificar e executar ações pré-moldadas, retratado no longa por Carlitos e seus companheiros, que realizam uma única tarefa repetidamente, sendo explorados sem nenhum resquício de direito trabalhista. Notou-se no filme, que a separação do trabalho mental do trabalho manual privou os trabalhadores da