panorama das ferrovias brasileiras pós-privatização

2085 palavras 9 páginas
Apresentação:

O presente artigo objetiva apresentar um breve diagnostico das ferrovias brasileiras, o período pós-privatização (1996-2002) as alternativas de investimentos, os entraves para o crescimento e os impactos no desenvolvimento deste meio de transporte no Brasil. 1.0) Definições:

Bitola estreita: Distância entre trilhos de 1,00 metro.
Bitola larga: Distância entre trilhos de 1,60 metros.
Bitola mista: 3° trilho que permite a passagem de composições da bitola estreita e larga.
Heavy-haul: Ferrovia que apresenta as seguintes características, quais sejam, carga por eixo maior que 25 tf/eixo, 20 milhões de toneladas brutas anuais e lotação dos trens acima de 5.000 ton.
Project – Finance: Forma de engenharia financeira suportada contratualmente pelo fluxo de caixa de um projeto, servindo como garantia os ativos e recebíveis desse mesmo projeto.
RFFSA: Rede Ferroviária Federal S/A.
Via permanente: Conjunto formado pela superestrutura e infra-estrutura ferroviária.

2.0 Contextualização

O Brasil possui atualmente 29 mil quilômetros de ferrovias 3,46 quilômetros de trilho para cada mil quilômetros quadrados. Paises de menor área, como Índia e Alemanha possuem mais trilhos, respectivamente 63221 e 31409 km, e também maior densidade.
As ferrovias declinaram a partir da década de 60 e viveu a sua pior fase na década de 80, quando não houve praticamente nenhum investimento neste modal de transporte. Administrado pela união, através da RFFSA, as ferrovias perderam para as rodovias todas as cargas de médio e alto valor agregado e com isso voltou-se somente para cargas de grande escala, tais como graneis sólidos e produtos siderúrgicos.
No inicio da década de 90, o governo instituiu o PND (plano nacional de desestatização) que tinha como objetivo conceder para a iniciativa privada o controle de várias empresas, dentre elas a RFFSA. Os estudos levantados por consultores contratados pelo BNDES, fizeram revelar um quadro tal que se instalara

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