Panofsky, erwin. movimento neoplatônico e michelangelo. in: estudos de iconologia: temas humanísticos na arte do renascimento. lisboa: estampa, 1982.
1840 palavras
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PANOFSKY, Erwin. Movimento Neoplatônico e Michelangelo. In: Estudos de Iconologia: Temas Humanísticos na Arte do Renascimento. Lisboa: Estampa, 1982.O livro Estudos de Iconologia, além de abordar temas humanistas na arte do Renascimento, em seu capítulo VI, Movimento Neoplatônico e Michelangelo, o autor Panofsky faz a análise da relação entre Michelangelo e o movimento Neoplatônico.
Panofsky abre seu ensaio com algumas observações gerais sobre o estilo de Michelangelo, convidando o espectador a girar em torno das estátuas deste, o que Panofsky chama de "visão de rotação", em contraste com uma parede, adotando uma visão frontal, que imobiliza as formas e tende a dar-lhes uma dimensão monumental, se não assustadora.
“High Renaissance figures are, as a rule, built up around a central axis wich serves as a pivot for a free, yet balanced movement of the head, shoulders, pelvis, and extremities. Their freedom is, however, disciplined according to what Adolf Hildebrand has called the principle of Reliefanschuung which he mistook for a general law of art while it is merely a special rule applying to classical and classicizing styles: the volume is cleansed of its ‘torturing quality’ so that the beholder, even when confronted with a statue worked in the round, might be spared the feeling of being ‘driven around a three-dimensional object’.”
Michelangelo sempre foi criticado por não saber pintar como um escultor: as figuras da Capela Sistina são, aparentemente, estátuas pintadas cujo relevo ressalta de maneira impressionante. Mas também pode-se dizer que Michelangelo esculpiu como pintor. Na disputa entre pintores e escultores do no início do século XVI, os escultores, Benvenuto Cellini em particular, apresentou a ideia de que uma pintura não pode ser vista que de um, e apenas um, ângulo (o que é verdade, mesmo após a introdução da perspectiva na tela), enquanto que uma escultura pode ser considerada de um número infinito de pontos de vista. “Whether we concentrate