Palmas Forrageiras
O semiárido brasileiro representa 18% do território nacional e abriga 29% da população do País. Possui uma extensão de 858.000 km2, representando cerca de 57% do território nordestino. Como principais características climáticas destacam-se as temperaturas médias elevadas (30ºC) e precipitações médias anuais de 300 a 700 mm, extremamente concentradas. O longo período de duração das secas, que ocorre na região, gera uma grande vulnerabilidade aos sistemas de produções. Neste cenário, onde o grande limitante da produção pecuária esta relacionada à quantidade de forragem produzida, a palma forrageira é um poderoso instrumento de apoio para a convivência da pecuária regional com as secas, sendo fonte não apenas de alimento, mas de água em regiões onde esse recurso é escasso até para a população humana.
Origem
A palma forrageira – Opuntia fícus-indica (L.) Mill. E uma hortaliça natural do deserto foi introduzida no Brasil no final do século XIX e inicio do século XX por empresários da indústria têxtil nordestina com o objetivo de produção do corante carmim. Mas a produção da tinta por meio da palma caiu em desuso ela só voltou a receber atenção em 1932 quando durante uma seca o governo federal incentivou o cultivo da planta bastante resistente à estiagem.
No início do seu cultivo, para fins forrageiros, não era de fato encarada com cultura agrícola, sendo geralmente plantada em recantos de solos de menor fertilidade com o passar do tempo, foi se observando sua grande exigência em relação à fertilidade do solo sendo assim os pecuaristas procuraram formas de conhecer o método de propagação da planta forrageira a ser cultivada na propriedade a fim de evitar prejuízos.
Clima
O bom rendimento da cultura no semiárido nordestino está associado ao fato da mesma necessitar de bem menos água do que outras culturas convencionais. A palma utiliza de 100 a 200 kg de água para produzir 1 kg de matéria seca. Já para os capins, por exemplo, essa