Palestina
Século XIX
Introdução
A Inglaterra exerceu uma poderosa hegemonia no Sistema Internacional durante o século XIX, decorrente de sua superioridade no cenário mundial econômico e político. Através dessa hegemonia, a Inglaterra procurava manter um equilíbrio de poder na Europa, firmando alianças não-fixas como forma de evitar conflitos, o que gerava um ambiente pacífico que permitia o livre comércio com outras nações.
A Hegemonia Britânica foi estabelecida em 1815 no Congresso de Viena, que, visando à paz e à manutenção da ordem, buscava restaurar o mapa europeu, alterado pelas conquistas napoleônicas, e a ordem absolutista do Antigo Regime, perturbada pelas revoluções inglesas e francesa. Os países que participaram das decisões do Congresso também queriam impedir o surgimento de novas forças revolucionárias na Europa, criando a Santa Aliança, formada pelos exércitos da Rússia, da Prússia e da Áustria, que atuaria como uma polícia europeia.
Todas essas medidas contribuíram para a afirmação dos interesses ingleses, visto que garantiam uma estabilidade no continente. Nesse Congresso, a Inglaterra garantiu sua supremacia naval e consolidou seus interesses econômicos, através da Ordem Liberal Burguesa.
Nesse período, a superioridade britânica se justificava por seu pioneirismo na industrialização (Revolução Industrial – 1760-1780), pela subordinação dos interesses agrários ingleses à lógica capitalista, pela quebra de resistências mercantilistas (fim dos Pactos Coloniais), pela dimensão internacional das finanças do seu Estado, pela expansão do seu império formal e por sua supremacia naval.
Com isso, a Inglaterra pôde ser considerada a Oficina do Mundo e se tornou potência hegemônica no Sistema Internacional, influenciando e controlando o mercado mundial, e financiando o desenvolvimento de outros países.
Desenvolvimento
A Pax Britannica marca o período de 1815 a 1914, no qual a Inglaterra