Palestina
Publicado em 04/09/2012 por Administrador
Por: Maria Paula de Lima*
imagem da internet
É comum nos dias de hoje saber que não é possível entender a história de Jesus fora do contexto histórico em que ele viveu. Sua atuação se deu em um tempo e lugar determinados dentro de circunstâncias bem concretas. Conhecer esse contexto é um fator primordial para entender o que significa a vida, as palavras e suas ações, principalmente para a vida das primeiras comunidades cristãs e para nós hoje.
Aqui, nosso olhar se volta para as relações sociais ideológicas, bem como relembramos alguns elementos que convém a nossa escuta e reflexão da perícope que estamos refletindo.
A sociedade palestinense sob a tutela do império romano é bastante complexa em sua rede de relações políticas, econômicas, religiosa e ideológicas.
Havia uma insatisfação e uma instabilidade política que por força ideológica assombrava o povo; havia uma população bastante heterogênea e grupos opostos; bem como, excessiva exploração do povo por meios de impostos; divisões administrativas do império em regiões e locais estratégicos; havia também as divergências teológicas entre grupos religiosos judeus, bem como divergência e confrontos ideológicos dos grupos e partidos políticos tanto romano, como judaico.
Do ponto de vista econômico, o modo de vida e consumo da sociedade era marcado pelos desmandos do comercio principalmente religioso; como da produção da cerâmica artesanal, da agricultura, da pecuária, da pesca e dos pequenos trabalhos braçais (carpintaria, consertos de redes, etc).
Dentro da sociedade, os pobres eram uma categoria que se apresentava sob variados estereótipos: assalariados, escravos, artesãos de aldeia e pescadores. Eram os marginalizados e discriminados sociais. Não ficavam atrás, as viúvas, as mulheres, as crianças, os doentes, os leprosos, os possessos, os