Paleonto

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Petrografia de arenitos/ Joelson Lima Soares

DIAGÊNESE DE ARENITOS
Introdução
A diagênese inclui todos os processos que ocorrem desde o final da deposição do material sedimentar numa bacia até o metamorfismo ou a destruição por erosão. O campo da diagênese, portanto, estende-se desde a superfície até cerca de 10.000m de profundidade, abrangendo variações de 20 a 200ºC de temperatura, 1 a 2000atm de pressão e salinidade de água doce até salmouras.
A diagênese é dividida em dois amplos domínios: diagênese precoce (eodiagênese ou early diagenesis), incluindo processos na ou próximos à superfície de sedimentação, e diagênese tardia (late diagenesis), caracterizada por processos agindo durante o soterramento efetivo (mesodiagênese ou burial diagenesis) ou no soerguimento
(telodiagênese), i.e na ou próximos à superfície de erosão (discordância no perfil geológico).
Os processos diagenéticos envolvem processos físicos, químicos e biológicos. Os primeiros incluem, principalmente, infiltração mecânica de argilas e compactação enquanto os processos químicos compreendem cimentação, autigênese, dissolução, substituição e recristalização. Os processos químicos ocorrem em meio aquoso, isto significa que salinidade, pH e Eh, bem como a habilidade de água de migrar através do sedimento, são fatores importantes para a diagênese. Adicionalmente, a atividade microbiana é um elemento importante em processos diagenéticos. Superfícies de minerais nos poros providenciam sítios de fixação e fontes de nutrientes para bactérias, fungos, etc. Micróbios são importantes para vencer barreiras cinéticas tanto para dissolução como precipitação.
Na eodiagênese (duração de alguns milhares até um milhão de anos), as águas intersticiais (águas de formação) são relacionadas ao ambiente deposicional e, em muitos casos, são logo modificadas pela decomposição da matéria orgânica e pela atividade bacteriana. Em muitos sedimentos marinhos p.e., a diagênese começa sob condições