Paleolítico em Portugal
A arte paleolítica é, portanto, a mais antiga manifestação artística criada pelo homem. É uma arte profundamente ligada á vida das comunidades itinerantes e ás suas concepções do mundo. O homem pintou, esculpiu, gravou e fixou a sua marca nas cavernas, recorrendo essencialmente a um grafismo zoomórfico, expressando as suas crenças e concepções mágico-religiosas.
O Paleolítico Superior é a fase culminante destas culturas da pedra lascada. O Homo Sapiens demonstra capacidades superiores, a nível artesanal (indústrias de lâminas e lascas de execução, acabamentos e funcionalidade mais perfeitos, invenção de instrumentos especializados, como cinzéis, buris, arpões de osso, propulsores de dardos e variadas pontas de seta), na transformação da economia, agora baseada predominantemente na caça dos grandes herbívoros da última glaciação e, sobretudo, na capacidade artística. Estatuetas de osso e de marfim, desenhos e gravuras em placas de osso e de pedra ou associados a pinturas em tectos e paredes de cavernas, realistas ou esquemáticas, relevos modelados de argila, são por vezes obras-primas de concepção e execução plásticas.
As primeiras descobertas da arte do Paleolítico Superior datam do final do século XIX e encontram-se nas paredes de Altamira (descoberta em 1879 na zona de Santandes). Até há bem pouco tempo o panorama da arte paleolítica em Portugal parecia relativamente pobre; conheciam-se, entre as mais de trezentas localidades de arte rupestre (identificadas e publicadas em Portugal), apenas duas estações – a gruta do Escoural e o Mazouco.
Recentemente, com a descoberta do complexo da arte rupestre paleolítica do Vale do Côa, Portugal possui a maior estação ao ar livre de gravuras Paleolíticas.
A gruta do Escoural foi descoberta a 17 de Abril de 1963, é a