Paleoicnologia

Paleoicnologia
É a disciplina que se ocupa do estudo dos icnitos, das condições em que foram produzidos e, quando possível, da identificação dos organismos que os formaram. Estas estruturas são de elevada importância dado que, em muitos casos, são as únicas evidências fossilizadas da presença e acção de certos organismos. As grande maioria dos icnofósseis, por não conterem estruturas orgânicas associadas, não são eliminados por dissoluções e/ou recristalizações diagenéticas. Outro aspecto importante é que a maior parte dos icnitos não estão sujeitos a remobilização, dada a sua íntima associação ao substrato, como pode acontecer com restos de organismos fossilizados, pelo que as indicações paleoambientais que fornecem podem ser atribuídas, sem reservas, ao ambiente que deu origem à litofácies em que se encontram inseridos.
Existem vários tipos de icnofósseis que são classificados em função do comportamento – classificação etológica –, pela sua posição relativa em conformidade com os estratos – classificação toponómica –, e, finalmente, pela sua morfologia e geometria – classificação morfológica . Quanto às características comportamentais estas podem ser de:
I. De repouso ( Cubichnia ) – produzidos por organismos bentónicos vágeis ou necto-epibentónicos ao assentar sobre o sedimento ou enterrarem-se parcialmente nele. É caracterizada por uma depressão na superfície do sedimento, podendo conter detalhes da sua morfologia ventral.
II. De habitação ( Domichnia ) – o organismo constrói uma cavidade de habitação por escavamento em substratos incoerentes ou perfuração em substratos rochosos, carapaças de outros organismos ou substratos lenhosos. As esponjas do género Cliona produzem estruturas deste tipo atribuídas ao icnogénero Entobia .
III. De nutrição – as marcas são produzidas sempre que o organismos se move sobre ou através do sedimento, em procura de alimento. Podem ser referidos três tipos de marcas de nutrição:
i. Perfuração ( Fodinichnia ) – são formadas