Palacio Da Alvorada
4.4.1 Contexto e condicionantes
A decisão de prover outra locação ao Palácio Presidencial, no intuito de agrupá-lo no local dos prédios governamentais e administrativos, resultante do concurso, foi seguida de outros desdobramentos para o conjunto dos primeiros projetos. Segundo a documentação oficial colocada à disposição dos concorrentes, a resposta em complementação ao Edital do Concurso para o Plano Piloto esclarecia que, daqueles edifícios, apenas o Hotel contava com sua locação definida e, pela primeira vez referida como Palácio Residencial, a morada do presidente deveria ser considerada em novo sítio, sugerindo um complexo independente e que terminou por constituir-se, também, em solução diversa da que fora previamente apresentada.
O Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Companhia Urbanizadora responde às consultas formuladas, até esta presente data, pelos concorrentes ao Plano Piloto da Nova Capital: [...] A represa (cujo nível corresponderá à cota 997), o hotel e o palácio residencial ficarão situados de acordo com a planta já fixada e à disposição dos concorrentes. O palácio do Governo projetado aguardará fixação do Plano Piloto. 43
De fato, a primeira proposta para a Residência Oficial do Presidente da República necessitava ser revista, de modo especial, em termos do caráter que a função demandava. Conforme nos atesta Niemeyer, a nova solução surgiu da intenção de encontrar um partido que não se limitasse a caracterizar uma grande residência, mas um verdadeiro palácio, com o espírito de monumentalidade e nobreza que deve marcá-lo.44 Com base nestas premissas foi planejado um novo objeto, identificado na documentação técnica de projetos como Palácio Residencial e, posteriormente, denominado oficialmente Palácio da Alvorada, por escolha do Presidente.45 Os planos da arquitetura foram elaborados a partir de outubro de 1956 e apresentados a Juscelino Kubitschek em dezembro do mesmo ano, antes do prazo