Paisagismo Burle Marx

Burle Marx O interesse pela variedade de espécies brasileiras foi despertado muito cedo em Burle Marx, ele começou a colecionar, entender o cultivo e a reprodução de cada uma. Mas o que parecia, a princípio, apenas curiosidade, hobby ou possibilidade de tornar o ambiente domiciliar mais agradável rapidamente se traduziria em estudo e trabalho profissional.
Casa de Odette Monteiro:
Nos jardins da residência Odette Monteiro, Burle Marx expressa, apesar da naturalidade orgânica, a firmeza do desenho através do gesto de definição da natureza. Ao mesmo tempo dissolve os limites entre o jardim (construído pelo homem) e a paisagem natural da região, criando um grande espaço continuo. Neste mesmo projeto, o jardim assume uma força pictórica ( tão belo como uma pintura) com suas linhas envolventes e cromatismo (tons diferentes) intenso que se torna, incomum, um evento próprio, criando um paisagismo não mais dependente da arquitetura.

Ministério da Educação e Saúde:
No projeto do terraço-jardim do Ministério de Educação e Saúde, Burle Marx interpreta a paisagem ao redor limitando-a num espaço definido dentro da arquitetura, através do uso de uma linguagem abstrata (não representa a realidade). Esta mesma paisagem suspensa transborda (passa) os limites e atinge todo o terreno, gerando uma relação entre edifício e entorno. A partir do terraço jardim as definições dos passeios conduzem o observador a contemplar as relações dos jardins com a arquitetura, com a paisagem a sua volta e acidade.

O mosaico-calçada em Copacabana:

Com certeza, a obra mais famosa de Burle Marx é o calçadão da Praia de Copacabana, para o qual criou um mosaico de design abstrato que se estende por quilômetros (Ele abraça quase 5 quilômetros da orla com uma faixa de quase 80 metros de largura.) ao longo da Avenida Atlântica, no Rio de Janeiro. Ele preservou as ondas em pedra portuguesa junto a orla. Ele refez os desenhos originais dos calceiteitos portugueses, e manteve