paisagem moderna
Falando de paisagem urbana, onde estão as barreiras do que pertence ao tema é a primeira questão que transparece. Consequentemente, até que ponto é legitima então a aversão ao foco comummente usado na religião dos arquitectos, o Edifício, negando-o e não o considerando parte deste espectro? Não será foco certamente, no entanto num contexto de chão ele integra-se, define ou liberta, mantém continuidade ou estabelece ruptura,... Por isso, para falar de paisagem urbana do plano para o Illot Insalubre nº 6 de Paris de Corbusier escolhi a imagem do Porosity Sliced
Building, na China, de Steven Holl, onde as estratégias de colocação de apenas um dos elementos da paisagem urbana são completamente opostas e só isso faz resultar espaços de diferentes vivencias e carácteres. Falo da aplicação da Carta de Atenas no primeiro caso versus o quarteirão no segundo.
Corbusier, com base nos princípios teóricos que desenvolve n’A Carta de Atenas e num contexto urbano de ocupação relativamente densa com o tradicional quarteirão, recusa-o. Concebe uma realidade contrastante com a envolvente próxima, dotando-a de espaço público e estabelecendo a completa ruptura com as lógicas da envolvente. Verdade se se apontar para o edifício, mas não é assim tão literal quando se olha para o todo (do qual ele faz parte), onde em vez de lógicas, porque elas continuam no espaço vazio que Corbusier pinta de verde, talvez seja mais correcto chamar-lhes desenho. Talvez assim já se possa falar de ruptura falando de paisagem e acerca do Illot.
Sendo assim, o desenho é de facto diferente no todo mas são estabelecidas relações com as ruas pré existentes através do chão, o qual, faz ele próprio a transição até ao edifício e até ao resto da cidade. É ele que relaciona com o “exterior” e permitindo liberdade tal, que outros elementos se soltem e permitam um atravessamento livre, sem barreiras e total