painel 25 de abril fundo preto
Fonte: http://tokdehistoria.com.br/2011/12
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O ato de viver em Portugal torna-se sufocante, a rua , a praça, não nos pertence, o receio vive na própria rua, sem sorrisos, sem rostos, o olhar fincado no chão e o som do caminhar é o que predomina mais na rua. De vez em quando, nos bairros, ainda se conversa na janela, sobre a camisa branca do marido queimada ou sobre a costura. Mas á noite se ouvia naquelas paredes finas dos prédios a voz abafada da mulher, quando esta desobedecia ao marido e não havia nada para a salvar a não ser, rezar. Estamos no seculo XX, o tempo evolui mas a forma de pensar permanece na ignorância. A mulher já trabalha, quem alimentava a boca de três filhos, tendo o marido na guerra? Eu trabalho numa fábrica de tecidos, recebo o que me dão e não o que o mereço, sou analfabética mas o que faço, faço o bem! Não há homens nesta fábrica a não ser o próprio dono e os seus filhos que aproveitavam da fraqueza das mulheres e sabe-se ao Deus o que lhes fazem. Existir dois sexos distintos no mesmo espaço era impossível, havia distinção do sexo, do sexo fraco e do sexo forte, seria ridículo uma mulher como arquiteta e um homem como modista. A mulher tinha sonhos mas só o homem é que podia realiza-los. A mulher só serve para educar e cuidar, se o filho fosse mal educado a culpa era da mulher. O pobre vive pobre, o rico vive rico, a diferença de classes sociais é bem realçada e o pobre é rebaixado, mas unido, que convive, sentados a jogar as cartas enquanto os ricos vão ao cinema. É uma comunidade de medos, de diferenças, de desigualdades, violência domestica, sem direitos em que as mulheres não tem valor para a sociedade, só utilidade.
Fonte:https://www.google.pt/search?q=25+de+abril&biw=1366&bih=677&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa
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