Paif nos cras
O que nos levou a pesquisar sobre a comunidade foi à descoberta das tradições o desenvolvimento na comunidade e nas questões sociais.
Local isolado, formado por escravos negros fugidos... Esta talvez seja a primeira idéia que vem à mente quando se pensa em quilombo. Se pedirem um exemplo, o Quilombo de Palmares, com seu herói Zumbi será certamente a referência mais imediata.
Essa noção remete-nos a um passado remoto de nossa História, ligado exclusivamente ao período no qual houve escravidão no País. Quilombo seria, pois, uma forma de se rebelar contra esse sistema, seria onde os negros iriam se esconder e se isolar do restante da população.
A primeira comunidade Quilombola surgiu no ano de 1590 em Alagoas com o nome de Zumbi dos Palmares foi comunidades livres, formada pelos escravos que reagiram e fugiram da escravidão. Eram sociedades livres aos quais os senhores consideravam refúgio de marginais. Nos Quilombos, viviam uma verdadeira fraternidade. Unidos, os irmãos trabalhavam, rezavam e partilhavam os bens ali produzidos, sem exploração. Nos Quilombos não viviam apenas negros para lá iam, também, índios e brancos marginalizados. Era o lugar dos pequenos.
O que caracterizava o quilombo, portanto, não era o isolamento e a fuga e sim a resistência e a autonomia. O que define o quilombo é o movimento de transição da condição de escravo para a de camponês livre.
Segundo Almeida (2002) é considerado Quilombo “toda habitação de negros fugidos, que passam de cinco em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”.
Nas comunidades de Boa Esperança e Cacimbinha, notou-se que as tradições ainda são mantidas e passadas dos mais velhos aos mais jovens como: o Jungo (dança tradicional dos Quilombolas), comidas típicas (rapadura, biju, melado, farinha de mandioca) e a tradicional feijoada que na época foi criada dos miúdos de porcos que os Senhores se recusavam a comer e passavam para os negros que se desempenhavam