PAIDÉIA
Disciplina: História das Instituições Jurídicas
Professora: Ivone Fernandes M. Lixa.
Blumenau, 03 de setembro de 2014
Estudante: Emanuele Monari de Oliveira
Segundo os textos antigos o estado do homem que alcança a virtude é a Paidéia, ou seja, é a formação total tanto no sentido físico como no espiritual. Uma formação que não visa um fim específico, mas que percorre o tempo se tornando uma matriz que até hoje serve como base para os cursos de humanas. Tanto que o próprio Platão também afirmava que a essência de toda verdadeira Paidéia é que o homem deseje se tornar um cidadão perfeito.
Existe um estudo dedicado à formação física e militar de Esparta, que tanta admiração causou aos atenienses. Pode-se dizer que Esparta foi a mãe da educação estatal na História. O homem espartano, segundo Jaeger, não tinha um conceito de imortalidade além do da morte gloriosa em batalha. O Estado era para eles o sentido da vida e a guerra algo desejável. A educação de Esparta nos causa repulsa em nosso tempo, porém para aquele momento histórico ela realmente era efetiva. Aristóteles nos diz em sua Política que a educação de Esparta era totalmente militarizada. Desde o primeiro momento, as crianças com o mínimo defeito de nascença eram expostas impiedosamente à morte. A criança era separada cedo de sua mãe e a responsabilidade pela sua criação passava ao Estado. A Paideia de Esparta estendia-se aos adultos, e como diz Jaeger, “ninguém podia viver ao seu bel-prazer”.
Paidéia ressalta que a educação e o desenvolvimento social e cultural que dela advêm, resultam - em seu início glorioso, na Grécia – da consciência das normas e valores que regem a vida humana em sociedade - numa espécie de união espiritual viva e ativa e na comunidade de um destino. E essa nova concepção de educação, que se confunde com a própria cultura grega, na medida em que ia avançando no devir histórico ia sendo gravado na consciência dos homens como o sentido e a