Paidéia - Educação na Grécia

A história da educação com sentido na nossa realidade educativa atual começa na Grécia. São os Gregos que colocam a educação como problema, pela primeira vez. Porém, foi no século V a. C., com os Sofistas e depois com Sócrates, Platão, Isócrates e Aristóteles que o conceito de educação alcança o estatuto de uma questão filosófica. O nome dado para a educação na Grécia antiga era Paideia, que busca a formação do homem em suas várias esferas, seja social, política, cultural e educativa, ela é uma educação que considera o homem como um ser racional. É uma formação geral que dará a ele a forma humana, como homem e como cidadão. Na época, significava “criação de meninos”, contudo, o significado se estendeu á designar também o conteúdo e o produto dessa determinada educação. A principal ideia é colocar o homem diante de todo o conhecimento que se é necessário para a harmonia com ele mesmo e com todos a sua volta.
Os sofistas foram considerados sábios e grandes mestres, eles atuavam como professores ambulantes que ensinavam a arte retórica, por preços estipulados e eram procurados por jovens bem-nascidos, dispostos a pagar muito dinheiro para aprender o que eles ensinar. O jovem buscava a areté (virtude), para se tornar bem sucedido. Para eles, o que existe são opiniões e não verdades. Podem ser boas ou más, mas nunca verdadeiras ou falsas.
As escritas dos sofistas se perderam com o tempo, os conhecemos a partir de comentários de Platão, eram muito injustiçados por ele, aliás. Platão exagera em ironias e críticas a respeito deles, denominados charlatões e impostores. Convencem os ignorantes de saberes que não possuem. Segundo Platão, Sócrates é o único verdadeiro educador, capaz de levar à areté. Pois os sofistas cobravam para ensinar, diziam saber tudo, enquanto, Sócrates não cobrava nada, dizia nada saber, fazia dialética e ensinava para livrar a alma da ignorância.