Padro Junior
Capítulo 13 – Libertação econômica
- Os domínios ibéricos (Espanha e Portugal) representam, desde o séc. XVII, um anacronismo. Apesar de conservarem a maior e melhor parte de seus imensos domínios, não possuíam mais o equilíbrio mundial de forças econômicas e políticas.
- Depois do passado remoto do apogeu luso-espanhol, outras potências tinham vindo ocupar o primeiro lugar no plano internacional: os Países-Baixos (Holanda), a
Inglaterra e França.
- No séc. XVIII, uma delas é ofuscada (Países-Baixos), mas permanecem a Inglaterra e a França digladiando-se sem cessar.
- É essa rivalidade que será a mais efetiva proteção dos impérios ibéricos. Cada uma das duas monarquias se ampara num dos contendores: a Espanha, na França;
Portugal, na Inglaterra.
- Essa situação voltar-se-á inteiramente contra as monarquias ibéricas na segunda metade do séc. XVIII.
- O antigo sistema colonial, fundado no chamado pacto colonial (que representa o exclusivismo do comércio das colônias para as respectivas metrópoles) entra em declínio: é o aparecimento do capitalismo industrial em substituição ao antigo e decadente capitalismo comercial.
- Até o séc. XVII o capital que domina de uma forma quase pura é o comercial. A indústria ainda não entrara na fase capitalista e se acha inteiramente nas mãos do artesanato. - No séc. XVIII se esboça um verdadeiro capitalismo industrial, isto é, aparece um capital industrial propriamente dito, autônomo e independente do comercial, e dedicado exclusivamente à produção manufatureira.
- Vai desaparecendo o artesão, o pequeno produtor independente que trabalha diretamente para o consumidor ; que é substituído pelas grandes unidades produtoras, que reúnem grande número de trabalhadores, como simples assalariados, sob a direção de um patrão que dispõe do capital.
- Para o industrial – naturalmente o industrial dessa