PADILHA, V. (Org.) Dialética do Lazer. São Paulo: Cortez, 2006.
PADILHA, V. (Org.) Dialética do Lazer. São Paulo: Cortez, 2006.
CAPÍTULO 1: Trabalho, Subjetividade e Lazer: Estranhamento, fetichismo e reificação no capital global. Giovanni Alves.
TESE: Dentro de uma crítica materialista e dialética o autor aborda alguns pontos do sistema de análise marxista, como trabalho, subjetividade, estranhamento, alienação, fetichismo e alienação como subproduto do sócio-metabolismo do capitalismo global que passa a controlar as esferas do trabalho, logo do lazer.
ARGUMENTOS: A partir das bases da psicologia e das perspectivas de Marx e Engels o autor nos aponta uma crítica sobre fenômenos sociológicos do mundo do trabalho e do lazer, como “a categoria problemática de subjetividade”, em que traz muitas contradições ao mundo do capital, traduzido por Marx como “subsunção do trabalho ao capital”. E é dessa contradição que desencadeiam as categorias de estranhamento, que se resume a uma exteriorização do indivíduo, devido à propriedade privada e a divisão hierárquica do trabalho, o que em sua crítica leva a revelação da complexidade sistêmica da produção do capital; fetichismo, em que o valor mercantil passa a ser a forma e objeto de apropriação estranhada da “sociabilidade complexa”, que o objeto e as relações transformam-se não apenas em coisa, mais em fetiche, que cria vida própria, produz desejo e lida com dimensões peculiares do mundo do trabalho, trazendo outra contradição, pois o trabalho não é abolido pelo fetiche, e sim invertido/deslocado e abstraído, em que o valor de uso e troca passa a ser transparecidos nas relações do trabalho, em que a força de trabalho humano passa a ser também uma mercadoria; e reificação, que reforça a idéia da racionalização do fetiche no trabalho e nas relações da vida social.
Essas categorias são dotadas de controvérsias na contemporaneidade, que se originam das relações sociais de produção e da lógica do capital financeiro, em que a subjetividade se faz