PADEMIAS DE GRIPES

Pandemias de gripe
Considera-se que há uma pandemia de gripe quando a doença surge numa determinada zona e se propaga globalmente em 6 a 9 meses. Ocorrem pandemias de gripe com uma periodicidade de 10 a 15 anos (embora este padrão não se tenha mantido durante o último quarto de século). Surgem em qualquer altura do ano e rapidamente se propagam por vastas áreas. Nas pandemias, podem haver segundas e até terceiras vagas de doença semanas ou meses após o surto inicial.
Até à data, todas as pandemias foram provocadas por shift antigénico do vírus da gripe do tipo A.
As pandemias podem provocar aumentos acentuados na morbilidade e na mortalidade, geralmente superiores aos verificados nos períodos interpandémicos.
Neste século, ocorreram 3 importantes pandemias de gripe: a "espanhola", a "asiática" e a "de Hong-Kong".
A "gripe espanhola" de 1918-1919 originou a taxa de mortalidade mais elevada alguma vez associada à gripe. Devido a esta doença, morreram cerca de 500 000 pessoas só nos Estados Unidos. No mundo inteiro, durante esta pandemia, a gripe foi a causadora de 20 milhões de mortes.
A "gripe asiática", de 1957-1958, provocou 86 000 mortes nos Estados Unidos.
A "gripe de Hong-Kong", de 1968-1969, originou um menor número de mortes do que as pandemias anteriores. Durante este período morreram 34 000 pessoas vítimas da gripe nos Estados Unidos. Esta reduzida taxa de mortalidade foi atribuída a dois factores: em primeiro lugar, as estirpes das gripes "de Hong-Kong" e "asiática" tinham semelhanças genéticas (a imunidade desenvolvida na população contra a estirpe "asiática" pode ter conferido alguma protecção contra a estirpe "da gripe de Hong-Kong"); em segundo lugar, pensa-se que uma estirpe de gripe semelhante à do vírus da "de Hong-Kong" poderá ter circulado entre os finais do século XIX e os primeiros anos do século XX, havendo ainda algumas pessoas com mais de 60 anos de idade com imunidade residual.
Pensa-se que a maioria das pandemias de gripe