1. O QUE SÃO CUIDADOS PALIATIVOS? A palavra “Paliativos” deriva do latim palliare que significa cobrir com uma capa, como sentido figurado que refere à intenção de minimizar a dor. Na época das Cruzadas, os cavaleiros recebiam este manto – pallium – para protegê-los das intempéries do caminho na longa jornada. Alguns historiadores apontam que a filosofia paliativista começou na antiguidade, com as primeiras definições sobre o cuidar. Os cuidados paliativos são, segundo a Organização Mundial de Saúde, “A abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual” (OMS, 1990). Em 2002, a OMS reviu e ampliou esse conceito: "Cuidado paliativo é a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual”. É importante ressaltar que esses cuidados paliativos não são somente os cuidados em relação à dor física, mas também um apoio psicológico. Além disso, o apoio à família do paciente é indispensável. É necessário além dos cuidados paliativos um apoio psicológico especializado. Os cuidados paliativos não têm como foco a doença e sua cura, mas o paciente como uma pessoa ativa, que tem o direito de decidir sobre seu tratamento, de ter autonomia. Estes cuidados são realizados por uma equipe multiprofissional. Os cuidados paliativos são necessários, mesmo nos casos de pacientes terminais. A conceituação de paciente terminal não é algo simples de ser estabelecido, embora frequentemente nos deparemos com avaliações consensuais de diferentes profissionais. Talvez, a dificuldade