Pacientes psicóticos e a visão psicanalítica
Leila Aparecida Santos de Souza
Acadêmica do 9º período do Curso de Psicologia da Universidade Estácio de Sá – Campus R9
INTRODUÇÃO
No hospital psiquiátrico há uma gama variada de profissionais e maneiras de tratamento e acolhimento, mais ou menos próximos do referencial psicanalítico, que atua diretamente sobre o sujeito, possibilitando que se estabeleça amplas interrrelações, mesmo que no campo da imaginação, seja na enfermaria, no hospital-dia, nas oficinas, nos grupos de diferentes finalidades (de recepção, de retorno, de psicóticos, de drogaditos, etc). Caso não haja essa variedade de dispositivos, o tratamento se reduz à internação e medicação, dificultando ainda mais o trabalho psicanalítico.
Com a finalização do estágio no Hospital Municipal Juliano Moreira, no período de junho a dezembro de 2011, fiquei inspirada em desenvolver este relato, que tem como objetivo, apresentar algumas questões relevantes sobre a atuação psicanalítica em saúde mental. PACIENTES PSICÓTICOS E A VISÃO PSICANALÍTICA
A prática da psicanálise em uma instituição pública deve ser exercida com clareza, o psicanalista deve ser específico em meio à política institucional a qual está inserido, deve saber recuar, sem se ausentar do campo de ação no trabalho de equipe em meio a outras especificidades. É importante que saiba acolher as demandas e encaminhamentos, que lhe são dirigidos. No hospital psiquiátrico o analista convive com diversos tipos de situações e as menos favoráveis para o trabalho psicanalítico são as emergenciais (pacientes em surto), neste caso é preciso aguardar outro momento senão o da crise para se iniciar o trabalho de acompanhamento.
Por Denise Maurano, sobre psicopatologia:
[...] psicopatologia – em sua origem grega, .... ao pé da letra: busca de sentido (logia) daquilo que causa espanto (pathos) à alma (psico). Sem dúvida que esta incompletude nos espanta, e podemos reagir a isso, neurótica, psicótica