Oximetria e pulso
Paulo R. Margotto
OXIMETRIA DE PULSO
É de suma importância a avaliação da oxigenação arterial no manuseio do RN de Alto Risco. Tem sido usada a avaliação transcutânea da PaO2 (TcPO2) e a saturação de O2, ambos métodos não invasivos. Devido a monitorização transcutânea de O2 estar associada a lesões de pele, principalmente nos pequenos prematuros e a valores questionáveis em estados de má perfusão, tem sido valorizada a avaliação da saturação de O2, pois: - é fácil de ser medida - correlaciona-se bem com as medidas de saturação da Hemoglobina. - indica adequado suprimento de O2 aos tecidos - pode indicar o "status" do fluxo sanguíneo aos órgãos vitais e capacidade de carrear do sangue. Assim, pela facilidade de ser avaliada e as vantagens fisiológicas, a monitorização da saturação de O2 (oximetria de pulso) está sendo muito usada nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatais.
PRINCÍPIOS DO TRANSPORTE DE O2: Para compreender e aplicar a oximetria de pulso na prática, devemos recordar os princípios do transporte de O2 e a curva de dissociação da Hemoglobina. Expondo a Hemoglobina a tensões de O2 crescentes, resultará em saturação da oxihemoglobina crescente até que eventualmente toda Hemoglobina esteja saturada com O2 (Sat. = 100% => PaO2 = 150 mmHg). A linha que descreve graficamente a correlação entre PaO2 e saturação de Hemoglobina se conhece com o nome de Curva de Dissociação da Hemoglobina e mostra o modo pelo qual a Hemoglobina e o O2 se combinam em diferentes paO2 (Figura 1).
Figura 1:
Curva de Dissociação da Hemoblobina
Podemos observar que a Curva de Dissociação da Hemoglobina tem a forma de um "s" itálica quase horizontal nos extremos e muito empinada na parte média. Considere a simples equação: Hb + O2 Hb (O2) Desoxihemoglobina + Oxigênio -