Oxidacao e antioxidacao
Introdução
O elemento oxigênio se encontra em 53,8% da crosta terrestre e este composto constitui cerca de 21% da composição do ar. Este composto também é considerado indispensável para a produção eficiente de energia tanto nos animais como nas plantas.
Existe porém um parodoxo, pois o oxigênio, assim como é indispensável para a vida, pode resultar em danos reversíveis ou até irreversíveis quando seres vivos são expostos a ele em concentrações superiores às encontradas na atmosfera, podendo inclusive levar a morte celular. Por isto, com a evolução dos seres vivos no planeta, surgiram mecanismos para combater estes efeitos deletérios. São os mecanismos antioxidantes, compostos de mecanismos enzimáticos e não enzimáticos.
Estes efeitos deletérios sobre os seres vivos podem variar consideravelmente conforme o tipo de organismo, seu estado fisiológico, suas defesas antioxidantes e sua dieta, assim como diferentes tecidos de um mesmo ser vivo reagem e são afetados diferentemente por estes efeitos.
Oxidação
Os efeitos tóxicos relacionados ao oxigênio já são conhecidos desde o final de século XIX, mesmo assim, a identificação dos radicais livres causadores desta toxicidade somente foi possível há cerca de 50 anos, quando Denham Harman lançou sua teoria sobre o envolvimento destes radicais livres em processos de mutagênese, câncer e envelhecimento.
Estas pesquisas foram aprimoradas com a descoberta da enzima superóxido dismutase (SOD), em 1969. A partir de então, diversas foram as pesquisas visando elucidar os efeitos dos radicais livres nas células biológicas.
Ë difícil fazer uma medição direta da oxidação nos componentes celulares devido a sua alta reatividade, porém é possível uma determinação indireta pelos efeitos por eles causados, através da oxidação dos lipídios, dos grupamentos sulfidril das proteínas, das bases púricas e pirimídicas, o que leva a uma alteração no DNA e no balanço tiol/dissulfeto. *