Ovo Misterioso
Introdução
Em meados do século XIX, Gregor Mendel formulou um conjunto de regras para explicar a herança de características biológicas, as quais assumiam, basicamente, que cada propriedade hereditária de um organismo é controlada por um fator, chamado gene, que é uma partícula física presente em algum local na célula. A redescoberta das leis de Mendel, em 1900, marcou o nascimento da genética, a ciência que busca o entendimento do que são esses genes e de como eles funcionam exatamente.
Em seus primeiros 30 anos de vida, a genética cresceu a uma velocidade espantosa. A ideia de que os genes residem em cromossomos foi proposta por W. Sutton, em 1903, e recebeu suporte experimental de T. H. Morgan, em 1910. Morgan e colaboradores desenvolveram então, as técnicas para mapeamento gênico, e , até 1922, já haviam produzido uma análise abrangente das posições relativas a mais de 2000 genes nos quatro cromossomos da Drosophila melanogaster.
Apesar do brilhantismo desses estudos genéticos clássicos, não houve real entendimento da natureza molecular do gene até a década de 1940. De fato, após os experimentos de Avery, MacLeod e McCarty, em 1944, e de Hershey e Chase, em 1952, alguém passou a acreditar que o DNA era o material genético. A descoberta do DNA foi um grande estímulo para a pesquisa genética e muitos biólogos famosos contribuíram para a segunda grande era da genética. Em 14 anos a estrutura do DNA foi elucidada, o código genético decifrado e os processos de transcrição e de tradução descritos.
O advento da clonagem gênica e da reação em cadeia da polimerase
Esses anos de atividade e descoberta foram seguidos por um período de calmaria. Depois, nos anos de 1971 a 1973, a pesquisa genética foi novamente acelerada por uma revolução na biologia experimental. Uma metodologia completamente nova começou a ser desenvolvida, viabilizando o planejamento e a realização, se não com facilidade, pelo menos com sucesso, de experimentos previamente