OUTROS
Nos últimos cincos séculos de desenvolvimento e expansão geográfica do capitalismo, a concorrência se estabelece como regra. Agora a competitividade toma conta do lugar da competição. Pessoas de olho no poder fazem qualquer coisa para alcançar seus objetivos se esquecendo da ética, não mais colocam seu caráter a nada, tudo em busca de um consumismo exagerado. Consumismo e competitividade levam ao emagrecimento moral e intelectual da pessoa, à redução da personalidade e da visão do mundo. Fala-se hoje, muito em violência e é geralmente admitido que é quase um estado, uma situação característica do nosso tempo. Dentre essas violências de que se fala, a maior parte é, sobretudo formada de violências funcionais derivadas, enquanto a atenção é menos voltada para o que preferimos chamar de violência central original.
Por isso, acabamos por apenas condenar as violências periféricas particulares. A nosso ver, a violência estrutural resulta da presença e das manifestações conjuntas, nessa era da globalização, do dinheiro em estado puro, e da potência em estado puro, cuja associação conduz à emergência de novos totalitarismos e permite pensar que vivemos numa época de globalitarismo, e permite muito mais de que globalização. O Estado altera suas regras e feições num jogo combinado de