Ouroborus: A cidade em Marshal Berman

8215 palavras 33 páginas
SILACC 2010 – Simpósio Ibero Americano Cidade e Cultura: novas espacialidades e territorialidades urbanas
Título: Ouroboros: a cidade em Marshall Berman
Sessão temática: ST02 - Tensões, Relações e Liminaridades na Cidade Contemporânea

Resumo:
O presente artigo pretende empreender uma leitura espacial, urbana e arquitetônica, do livro Tudo que sólido desmancha no ar de Marshall Berman, originalmente lançado no ano de 1982 e publicado no Brasil em 1986. Para além de uma leitura inovadora e controvertida do Manifesto do
Partido Comunista entendemos que Berman acolhe o dinamismo inato da economia e conseqüentemente da cultura moderna no cerne do cotidiano urbano de maneira a colocar-nos no centro de um torvelinho que aniquila tudo que cria – ambientes físicos, instituições sociais, idéias metafísicas, visões artísticas, valores morais – para infindavelmente criar o mundo de outra forma.
Essa modernidade irremediavelmente atrelada à vida urbana só faz-se compreensível frente à utilização da própria cidade como instrumento de argumentação. Sua argumentação tem lastros que pretendemos salientar para apresentar nossa leitura de seu trabalho, são estes, a cidade material e a vida urbana, associadas a elementos arquétipos e por vezes mitológicos. Nosso objetivo é buscar na metáfora da Ouroboros um paralelo possível ao processo de destruição e renovação repetidamente assinalado no texto e enfaticamente ressaltado pela dialética modernização/modernismo. Assim, pensamos que associar a cidade ao arquétipo da Ouroboros, a serpente que devora a própria cauda e se alimenta de sua própria autodestruição, pode lançar alguma luz sobre nossa situação urbana histórica e contemporânea.
Palavras-chave: Ouroboros; Marshall Berman; modernidade; modernização.

Tudo que sólido de e esmancha no ar e a lógica da Ourobor a a ros A imagem circular da serpente q devora a própria cauda é um arquétipo de origens ancestrais a que c m s s compartilhado por in

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