Ouriço do Mar
Após o reconhecimento espécie-específico e a fusão do espermatozoide com o oócito, vão ocorrer fenómenos que visam o bloqueio à polispermia e a acitvação do metabolismo do oócito fecundado.
A entrada do espermatozoide causa, inicialmente, uma abertura de canais de sódio. A entrada de sódio na célula vai alterar o potencial de membrana (despolarização) e isso funciona como um bloqueio rápido à polispermia.
Paralelamente há a activação da Fosfolipase C, uma proteína membranar com domínio catalítico citoplasmatico. Esta enzima vai levar ao aumento da concentração de cálcio intracelular, promovendo a libertação deste ião a partir do RER. Por sua vez, o cálcio vai promover a libertação do conteúdo dos grânulo corticais (hidrocarbonetos e enzimas proteolíticas), que leva ao afastamento da camada vitelina e, consequentemente, dos restantes espermatozoides. É o bloqueio lento à polispermia. A libertação dos grânulos leva também ao aparecimento da camada hialina (≠ membrana de fertilização). O cálcio intracelular vai levar também à activação da NAD+ Cinase, enzima essencial no metabolismo dos lípidos.
A Fosfolipase C vai também levar ao aumento do pH intracelular (produzindo diacilglicerol que leva à abertura de canais H+/Na+). Esta mudança de pH activa o metabolismo do oóctio promovendo a síntese proteica, a replicação do DNA e os moviementos citoplasmáticos do material morfogenético.
No bloqueio lento há uma onda de libertação de cálcio que se inicia no local de entrada do espermatozoide e que depois se propaga por toda a célula, provocando a libertação dos grânulos corticais. Isto leva à expansão da camada vitelina, que passa a designar-se por membrana de fertilização.
Clivagem (segmentação) no ouriço-do-mar
O oóctio possui um polo animal e um polo vegetal. A primeira e a sgunda divisões são meridionais e geram quatro células iguais. Segue-se uma terceira divisão equatorial que cria a metade animal e a metade