Otimização de processos em ferramentaria
Catarinenses apostam em moldes de alta complexidade e tempo recorde na execução para ganhar competitividade.
Zluhan sugere procedimentos para construir mais rápido os moldes
Um procedimento que ajudou bastante a ganhar tempo e agiliza a fabricação dos moldes, muito utilizado fora do país, é automatizar as operações de fixação de peças e de ferramentas de usinagem. “Ao construir um molde, 50% do tempo é usado para arrancar cavacos, e os outros 50% são consumidos nas preparações, nos chamados pré-sets das peças e ferramentas; porém, ao se realizar os pré-sets fora da máquina de usinagem CNC, em nova célula de trabalho, criada especialmente para promover as fixações das ferramentas, consegue-se agilizar a produção e atender a várias máquinas de usinagem”, ensinou Zluhan.
Contudo, pode-se colher avanços na produção, implementando-se trocas automáticas de ferramentas, utilizando-se um só programa CNC. Na sequência, é recomendável criar uma nova célula de trabalho, dedicada às preparações pré-set, para, num terceiro momento, promover-se a troca das peças (cavidades machos e fêmeas, gavetas, pinças etc.), por meio de robôs e paletes.
Ao implementar as duas primeiras medidas, a ferramentaria já conseguirá aumentar em 25% a produtividade; e, na terceira, alcançará mais 15%, o que significa que, em vez de ter apenas 50% do tempo disponível para arrancar cavacos, poderá fazê-lo durante 90% do tempo, segundo cálculos do especialista.
As ferramentarias também podem se tornar ainda mais produtivas e competitivas ao empregar sistemas CAD em 3D. “A ferramentaria que pretende obter ganho de produtividade tem de abolir o uso de sistemas em 2D, podendo, com isso, reduzir o tempo de projeto de quatro semanas para duas semanas”, recomendou o diretor.
Segundo ele, as ferramentarias brasileiras consomem atualmente, em média, 90 dias para a construção de moldes. Os prazos já foram mais longos – anos atrás, demandavam, em média, 120 dias –, mas continuam