oswaldo
11 jan. / 2010 - Ele nasceu em 1890. Renasceu em 1922 também, com a Semana de Arte Moderna. Com ela, Oswald de Andrade (1890-1954) mudou a gênese das palavras, como a de "deglutição".
Com 15 anos, o paulista começa a participar de ajuntes literários. Entre eles, a roda literária de Indalécio Aguiar. Em 1908, conclui os estudos no Colégio São Bento. Forma-se bacharel em Humanidades.
Começa a trabalhar como redator e crítico teatral do jornal "Diário Popular". Inicia a faculdade de Direito. Em 1911, ele funda a revista semanal "O Pirralho". Ao lado de Alcântara Machado e Juó Bananère, dirige-a por seis anos.
No ano de 1917, defende Anita Malfatti das críticas de Monteiro Lobato em sua coluna no "Jornal do Comércio".
Casa-se com Tarsila do Amaral em 1926. Sofre abalos financeiros com a crise de 29. Um ano depois, separa-se de Tarsila e se casa com a escritora Patrícia Galvão, conhecida como Pagu. Por influência da companheira, ingressa no Partido Comunista onde permanece até 1945.
Desse período são as obras mais significativas de sua carreira, como "Manifesto Antropófago", "Serafim Ponta Grande" e "O Rei da Vela". Debochado, irônico e crítico, seu conceito de "nacionalismo" divergia do defendido pelos românticos e mesmo por certos grupos modernistas, como o Verde-Amarelo e o Anta.
Rupturas sintáticas, lógicas e fragmentação
Oswald privilegiava a valorização do passado histórico-cultural do país, porém de forma crítica, sem ser ufanista. Sua visão contrapunha a natureza às moderno-primitivas inovações da sociedade.
Defendia um projeto artístico a favor da ruptura com os padrões da língua literária culta e a busca por uma prosódia genuinamente brasileira. Encarava o "erro gramatical" como contribuição para a definição da nacionalidade.
Em livros como "Pau-Brasil" e "Primeiro Caderno do Aluno de Poesia Oswald de Andrade", Oswald singulariza sua poesia na primeira fase