oswaldo bratke
Etapas e Impactos de seus trabalhos
Comentário Crítico
Ainda estudante, vence o concurso para a realização do Viaduto Boa Vista (1930), inaugurado em 1932, projeto que guarda a influência do art déco. A sociedade com Carlos Botti lhe rende quase 500 projetos de casas nos bairros-jardim de São Paulo. Essa experiência, lhe fornece uma experiência fundamental no campo da construção.
Com o envolvimento em projetos urbanísticos em cidades paulistas, começa a despertar seu trabalho para a linguagem moderna ainda nos anos 1940. Após a morte de seu sócio, deixa de lado o acompanhamento da obra e se dedica aos projetos.
Mas é no programa residencial que Bratke se destaca. Ao lado do colega engenheiro Oscar Americano, inicia a urbanização do bairro do Morumbi, onde constrói a própria residência, em 1951, marco em sua trajetória profissional, menção especial na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Uma estrutura simples e modulada de pilares esbeltos coberta por uma laje plana (a primeira utilizada pelo arquiteto) constitui um volume prismático articulado por cheios e vazios que se alternam nas fachadas através de fechamentos, elementos vazados e varandas. Em seguida, projeta a residência Oscar Americano, 1954 (hoje Fundação Maria Luiza e Oscar Americano), adotando o mesmo partido,
Mesmo projetando outros programas, como o Hospital Infantil do Morumbi, de 1951 a1956, as Termas de Lindoia, de 1952 a 1959, ou as Estações da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, em 1960, é a experiência urbanística no Amazonas que, ao lado das residências, marca sua obra na história da arquitetura brasileira.
Vencendo uma concorrência promovida pela Indústria e Comércio de Minérios S.A. (Icomi), em 1955, Bratke parte para o desafio de criar uma cidade nova no interior do Amapá. Dimensiona os núcleos urbanos e planeja o assentamento com base na polarização de dois bairros (o operário e o de funcionários de médio e alto padrão), ligados pelo centro cívico, formado de