Osteoartrose e a atividade física
A restrição à atividade física leva a fraqueza e hipotrofia muscular, diminui o condicionamento físico, aumentando a dor e levando o indivíduo à incapacidade física. A inatividade física no paciente com osteoartrose pode levar à exacerbação da dor e aceleração do comprometimento físico. A atividade física tem se mostrado eficiente na prevenção e no tratamento coadjuvante do diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia, osteoporose e de alguns tipos de câncer.
Um dos obstáculos enfrentados pelos médicos no manejo com os indivíduos com osteoartrose é a frequência na confusão conceitual de atividade física, exercício e esporte. Enquanto a primeira expressão se refere a qualquer movimento que o corpo realize em função de contração muscular, com gasto energético acima do repouso, o exercício é uma forma mais elaborada dessa atividade em que se incluiu intensidade, duração e frequência. Já o esporte é uma atividade física que inclui aspectos de desempenho e competitivos, que pelos riscos envolvidos não representa a melhor opção no tratamento da osteoartrose. De acordo com o comprometimento articular radiográfico (classificação de Kellgren & Lawrence), a osteartrose pode ser classificada em 4 graus (grau 0 = ausência de alterações radiográficas características até grau IV = espaço articular quase ou totalmente inexistente com esclerose do osso subcondral). O objetivo deste artigo é apresentar uma breve revisão das evidências na relação entre atividade física e osteoartrose, excluindo os quadros agudos e estágios mais avançados da enfermidade.
Autores:
Victor Keihan Rodrigues Matsudo
Carlos Odair