Osborne

506 palavras 3 páginas
Analise de tempo:
Inicialmente, tem-se um narrador em primeira pessoa, Robert Walton, que conta a história através de cartas a sua irmã. Assim, pode-se afirmar que se trata de um tempo cronológico, em que datas são mencionadas da primeira à última carta, “São Petersburgo, 11 de dezembro de 17...”. (p. 21). o terceiro narrador – a criatura – que ao encontrar-se com o seu criador, já esperava pela recepção negativa e revoltada. Mesmo diante dessa repulsa, o monstro suplica-lhe atenção ao fato seguinte: “Somente com muita dificuldade me lembro dos primeiros tempos da minha existência. Todos os acontecimentos daquele período estão encobertos pela névoa do tempo, e parecem-me confusos e indistintos”. (p. 99).
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Nesse contexto, além de se ter um tempo psicológico, a narrativa é complexa, pois a criatura é mencionada dentro do relato de Victor Frankenstein. Portanto, há três narrativas, uma dentro da outra, a saber: o terceiro narrador é citado pelo segundo, que por sua vez, é mencionado pelo primeiro. Faz-se necessário ressaltar que o terceiro narrador está, igualmente, em primeira pessoa, pois assim como os demais, ele também participa da trama.
O tempo em Frankenstein pode dividido em quatro: (1) o tempo dos acontecimentos vividos por Victor Frankenstein; (2) o tempo do relato de Victor dos acontecimentos a Walton; (3) o tempo da escrita das cartas por Walton, nas quais ele “reproduz” os relatos de Victor e, por fim, (4) o tempo pressuposto da leitura das cartas de Walton. Este quarto tempo torna-se importante à medida que o narrador o leva em conta na escrita de suas cartas, onde se encontram citações do tipo: “quando você receber esta carta já estarei em...”
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No livro, temos acesso apenas às cartas de Walton que relatam a história de Victor. Em termos narrativos, isso implica uma distancia dos fatos narrados, que primeiro sofrem a influencia da imparcialidade de

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