Os zoológicos são moralmente defensáveis?
Tom Regan
Apesar das importantes diferenças, uma série de tendências recentes na teoria ética se unem nos desafios que representam às práticas humanas bem enraizadas que envolvem a utilização de animais não-humanos, incluindo a sua utilização em jardins zoológicos. Este ensaio explora três dessas tendências - o utilitarismo, o ponto de vista dos direitos, e o holismo ambiental - e explora suas respectivas respostas para a pergunta, os zoológicos são moralmente defensáveis? Tanto o utilitarismo quanto o holismo oferecem teorias éticas que, em princípio, poderiam defender os zoológicos, porém ambos, argumenta-se, são nada além de perspectivas éticas adequadas. Por razões estabelecidas abaixo, a terceira opção - a visão de direitos - tem implicações que vão contra a aceitabilidade moral dos zoológicos, como nós os conhecemos. O ensaio não se conclui insistindo que os zoológicos como os conhecemos sejam moralmente indefensáveis, mas sim, por admitir que ainda temos de vislumbrar uma teoria ética adequada, que elucide a razao pela qual eles não são.
Uma grande parte do trabalho recente de filósofos morais - a maior parte em ética ambiental, por exemplo, mas muito do que também que se refere a questões sobre obrigações para com as gerações futuras e da justiça internacional - é diretamente relevante para a avaliação moral dos zoológicos. (Aqui e pelo artigo afora eu uso a palavra "zoológico" para se referir a uma instituição zoológica gerida profissionalmente credenciado pela AZA e que dispoe de uma coleção de animais vivos utilizados para a conservação, estudos científicos, educação pública, e exibição pública.) Mesmo assim a maior parte deste trabalho tem sido negligenciado pelos defensores de parques zoológicos. Porque isto é assim não está claro, mas, certamente, a responsabilidade por essa falta de comunicação precisa ser compartilhada. Como todos os outros especialistas, os filósofos morais têm uma tendência a