Os vários tipos de estados
São Paulo: Editora Martin Claret, 2005. 155 páginas.
Introdução
Na introdução, Maquiavel oferece o conteúdo do livro a Lorenzo, filho de Piero de Médicis, como sendo a coisa mais cara que possuía, ou seja, “o conhecimento das ações dos grandes homens apreendido por uma longa experiência das coisas modernas e uma contínua lição das antigas”. Diz Maquiavel que procurou escrever de forma objetiva, “sem ornamentos”, esperando que o presente auxiliasse Lorenzo a alcançar a grandeza e a Fortuna que estavam a sua espera.
Capítulo I – Os vários tipos de Estado, e como são instituídos
Sustenta Maquiavel que todos os Estados ou são repúblicas ou são principados. Estes podem ser hereditários ou recentes (que podem ser de todo novos ou anexados a um existente). O povo destes estados ou estavam acostumados ao governo de outro príncipe ou eram estados livres.
Capítulo II – As Monarquias Hereditárias
O autor foca o trabalho nos principados, especificamente na forma como podem ser mantidos e governados. Diz que a existência de uma família reinante favorece a manutenção do poder, em contraste às monarquias novas, onde é mais difícil. Nas antigas, basta que se evite transgredir costumes tradicionais e se adapte às circunstâncias imprevistas. O soberano legítimo tem menos razões para ofender o povo, o que o torna mais querido e se não tem defeitos graves será fácil manter o poder.
Capítulo III – As Monarquias Mistas
Nas monarquias novas as dificuldades aparecem, especialmente quando se trata de um anexação de um novo membro a um Estado existente, pois os homens trocam de governantes esperando sempre melhoria, o que geralmente se mostra falacioso, refletindo, então, a necessidade de opressão do povo em razão da imposição do novo governo.
Isso resultará na formação de inimigos e afastamento em relação aos que ajudaram na conquista (por não satisfazer-lhes as expectativas). Assim, o soberano necessitará sempre do favor do povo.
Maquiavel