Os usos socias da ciencia
POR UMA SOCIOLOGIA CLÍNICA DO CAMPO CIENTÍFICO
BRASÍLIA
2014
Na obra “Os usos sociais da ciência”, podemos facilmente perceber que o autor Pierre Bourdieu analisa duas principais questões que são: 1) quais são os usos sociais da ciência e 2) se é possível fazer uma ciência da ciência. O autor coloca de uma forma bem inteligente uma análise e uma discussão sobre o papel da ciência diante a sociedade e quais são as formas de uso que em geral seus agentes fazem dela. O autor também define diversos conceitos que necessitamos para entendermos melhor suas ideias, facilitando nossa compreensão do texto.
Pierre primeiramente fez uma análise da sua estrutura interna e da história da ciência, formando sua definição de campo: ‘É uma ideia extremamente simples, cuja função negativa é bastante evidente. Digo que para compreender uma produção cultural (literatura, ciência, etc.) não basta referir-se ao conteúdo textual dessa produção, tampouco referir-se ao conteúdo social contentando-se em estabelecer uma relação direta entre o texto e o conteúdo’. Sua ideia de campo pode ser explicada também como um universo particular formado de agentes, que ocupam posições que dependem do volume e da estrutura do capital eficiente dentro do campo em questão.
Pierre apresenta o pensamento da comunidade científica como um todo sobre suas práticas, definindo conceitos importantes justamente para que a gente possa entender melhor o processo de construções das “verdades” científicas. Dentro de sua ideia de campo podemos encontrar a ideia de campo científico, que pertencem as principais discussões e o principal tema do texto. A sua definição para campo científico pode se entendida como um universo intermediário entre autonomia total e submissão às leis sociais, onde a ciência é posta em um campo relativamente autônomo e formada por agentes que ocupam posições específicas e que possuem um capital científico