os tres mosqueteiros em cordel
Klévisson Viana nasceu em Quixeramobim, Ceará, é escritor, cartunista, editor e proprietário da Tupynanquim Editora. Ocupa a cadeira de número 11 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. É autor de grandes sucessos da literatura de Cordel. Escreveu o livro os Três Mosqueteiros em Cordel, inspirado na obra homônima de Alexandre Dumas.
A literatura de cordel é uma poesia de linguagem popular, divulgada em folhetos impressos através de um processo denominado xilogravura. Esses folhetos ganharam esse nome por serem expostos em cordões. Apesar de existir literatura de cordel em todo Brasil ela é mais conhecida no nordeste brasileiro.
No inicio da história de cordel, os autores não tinham compromisso com a métrica, ou o número de versos utilizados para a composição do poema. Com o passar do tempo os autores consagraram a técnica de fazer sextilhas, ou seja, cada verso com seis linhas.
Em seu livro, Os três mosqueteiros: em cordel, Klévisson faz uso desta técnica, como podemos ver no trecho a seguir:
Pois o rei, sem a rainha
Perdia o jogo ligeiro;
A rainha era uma peça
Que o cardeal matreiro
Desejava deitar fora
Do maldito tabuleiro.
(VIANA, Klévisson, 2011, p. 66)
A sextilha é uma modalidade que apresenta cinco estilhos, dentre eles o estilo que Viana usa, o estilo aberto. Isso quer dizer que o segundo, o quarto e o sexto verso rimam entre si, perceba:
Sua espada parecia
Um clarão na noite escura.
Nunca se viu em ninguém
Tanto dote de bravura.
Mas sentia que estava
A um passo da sepultura.
(VIANA, Klévisson, 2011, p.99)
Outra métrica usada pelos autores de cordéis e também pelo autor de Os três mosqueteiros: em cordel, é o verso de sete sílabas, ou redondilha maior. Neste tipo de verso a última sílaba deve ser a acentuada. Klévisson, faz uso da redondilha em todo seu livro, podemos perceber através da escanção da seguinte estrofe:
O/ mais/ ter/rí/vel/ vi/lão,
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