Os Trabalhadores E As Condi Es De Trabalho Ap S A Revolu O Industrial
No livro A situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra, publicado em 1845, ele diz que as fábricas haviam destruído a vida tradicional e ordenada do campo para criar cidades imundas, bairros miseráveis e multidões de operários alienados.
A jornada dos operários ingleses passava de 12 horas por dia. De acordo com o censo inglês de 1851, 36% das crianças entre 10 e 14 anos trabalhavam fora de casa – algumas delas cavando canais de ventilação em minas de carvão ou limpando chaminés, trabalho para os quais seus corpos pequenos eram considerados ideais, e também operando máquinas em moinhos de algodão. Mendigos, meninos de rua, bêbados, prostitutas e desempregados vagavam entre ruas enlameadas e escurecidas pela fumaça das chaminés.
O documento Minority Report to Royal Commission, de 1909, teve sua elaboração liderada por Beatrice Webb retrata de forma dramática a condição dos trabalhadores ingleses. A intenção do relatório era colocar um fim a tais condições, estabelecendo leis que pudessem proteger os trabalhadores. As jornadas de trabalho eram longas (até 16 horas por dia), não existiam férias, atestados médicos, etc, ou seja, qualquer garantia por parte do empregador.
Alfred Marshall (1842-1924), um dos grandes economistas dedicou-se a condição dos trabalhadores e acabou entendendo a situação de forma diferente do senso comum. Nas palavras de Marshall “… a principal causa da pobreza não eram os baixos salários, mas o que levava eles a serem tão baixos? Os radicais alegavam que era a voracidade dos patrões, enquanto os malthusianos argumentavam que isso se devia às falhas morais dos pobres. Marshall propunha uma resposta diferente: a baixa produtividade. Citou como prova o fato de que, ao contrário da colocação de Marx, segundo a qual a competição levaria os salários dos trabalhadores qualificados e sem qualificação a convergir ao nível da subsistência, os trabalhadores qualificados