OS TR FICOS NEGREIROS S CULOS VII
SOCIEDADES ESCRAVISTAS I
PROFESSOR: FABIO BAQUEIRO
ALUNO: BRENNDA MARIA LIMA PIRES
M’BOKOLO, Elikia. Um comércio antigo em crescimento contínuo. In: África Negra: história e civilizações. Salvador: Edufba; São Paulo: Casa das Áfricas, OS TRÁFICOS
NEGREIROS SÉCULOS VII – XIX , t. I (até o século XVIII), p. 2009-233.
As dinâmicas sociais, políticas, demográficas e econômicas na África foram quebradas, abafadas e desviadas pelos tráficos escravagistas. Que marcou por um longo período o continente africano com uma sangria contínua e sistemática.
I. UM COMÉRCIO ANTIGO EM CRESCIMENTO CONTÍNUO (SÉCULOS VII-XVI)
Não se pode avaliar precisamente a importância dos primeiros tráficos que se faziam em um comércio regular em duas vias de acesso entre o Saara e o oceano Índico.
Esses efeitos são mais visíveis nos dias de hoje.
A. O tráfico árabe-muçulmano
O tráfico negreiro na Arábia que começou em pequena escala teve uma brusca mudança após a pregação do profeta Muhammad e a explosão árabe na África do Norte.
As regiões africanas do tráfico
Uma primeira corrente do tráfico, provavelmente a mais importante, ligava a costa oriental da África com a Arábia. Os escravos apareciam como mercadorias, sendo uns dos mais procurados junto com o marfim, ouro e madeira.
Uma segunda corrente do tráfico, sem dúvida em sentido duplo, na qual o comércio se misturava com política e operações militares. A presença de escravos abissínios na Arábia não foi apenas o resultado de operações comerciais dos árabes no mar Vermelho, mas também em grande parte, como consequência das guerras entre o reino abissínio de Axum e os seus vizinhos da Arábia.
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Um novo impulso para a sujeição dos africanos
Por um lado, a escravatura achou-se bruscamente legitimada, já que qualquer idólatra capturado numa guerra santa estava votado à escravatura. Por outro a escravatura tornou-se cada vez mais, com o tempo, a condição específica e exclusiva dos